Polissemia dos discursos médico-jurídicos : criminalização de práticas de abortos provocados (Paraíba, 1966/1970) / Gilmária Salviano Ramos , José Otávio Aguiar
Tipo de material: TextoDescripción: 1 recurso en línea (21 páginas)Tipo de contenido: texto Tipo de medio: computadora Tipo de portador: recurso en lineaTema(s): Aborto | Legalización del aborto | Legislación sobre el aborto | BrasilGénero/Forma: Tipos documental: artículo | Tipo de publicación: académicaRecursos en línea: Texto completo En: Cadernos de História UFPE Volumen 7, número 7 (2010), paginas 237-257Resumen: O presente artigo reconstitui, através de duas petições de habeas-corpus, a trajetória de mulheres enredadas nos fios e nas teias da justiça, acusadas de terem praticado aborto. Os casos teriam acontecido em duas cidades, Sumé e João Pessoa, do estado da Paraíba nos anos 1966 e 1977. Esse é um período em que o Estado estava passando por aceleradas transformações de ordem política, material e simbólica, inspiradas no ideário de progresso e de desenvolvimento econômico. Dentre outras coisas, aponta para o surgimento de novas sensibilidades, embaladas por uma diferente concepção de moralidade, agenciada pelos discursos médicos e jurídicos e pela perseguição e combate a práticas que destoassem de certas convenções daquele momento. O objetivo central consiste em problematizar o discurso médico/jurídico sobre casos de abortos provocados, atentando para o modo como esse objeto era agenciado por aqueles saberes e como era divulgado, sob a forma de debates, pelos jornais locais do Estado. Além, disso, procuramos observar como eram empreendidas as estratégias elaboradas pelos defensores públicos com vista à liberdade de mulheres que teriam se envolvidos nas práticas em questão.Tipo de ítem | Biblioteca actual | Clasificación | Estado | Fecha de vencimiento | Código de barras | Reserva de ítems |
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Sección: Dossiê
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O presente artigo reconstitui, através de duas petições de habeas-corpus, a trajetória de mulheres enredadas nos fios e nas teias da justiça, acusadas de terem praticado aborto. Os casos teriam acontecido em duas cidades, Sumé e João Pessoa, do estado da Paraíba nos anos 1966 e 1977. Esse é um período em que o Estado estava passando por aceleradas transformações de ordem política, material e simbólica, inspiradas no ideário de progresso e de desenvolvimento econômico. Dentre outras coisas, aponta para o surgimento de novas sensibilidades, embaladas por uma diferente concepção de moralidade, agenciada pelos discursos médicos e jurídicos e pela perseguição e combate a práticas que destoassem de certas convenções daquele momento. O objetivo central consiste em problematizar o discurso médico/jurídico sobre casos de abortos provocados, atentando para o modo como esse objeto era agenciado por aqueles saberes e como era divulgado, sob a forma de debates, pelos jornais locais do Estado. Além, disso, procuramos observar como eram empreendidas as estratégias elaboradas pelos defensores públicos com vista à liberdade de mulheres que teriam se envolvidos nas práticas em questão.
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